O procurador-geral de Justia, Deosdete Cruz Jnior, designou trs promotores do Ncleo de Defesa da Vida de Cuiab para atuar nos autos do inqurito policial que trata do assassinato do advogado Roberto Zampieri, ocorrido no ano ado em Cuiab. A portaria foi publicada nessa segunda-feira (29).
Os promotores indicados so Vincius Gahyva Martins, Jorge Paulo Damante Pereira e Marcelle Rodrigues da Costa e Faria. Os trs assinam a denncia oferecida contra os trs primeiros rus no processo: Antonio Gomes da Silva, Hedilerson Fialho Martins Barbosa e Etevaldo Luiz Caadini de Vargas.
Coronel do Exrcito, Caadini acusado de ter contratado o pedreiro Antonio e o instrutor de tiro e despachante Hedilerson para matar Roberto Zampieri. De acordo com o MP, o crime foi cometido mediante paga e promessa de recompensa, com recurso que dificultou a defesa da vtima e emprego de arma de uso .
O advogado Roberto Zampieri foi assassinado no dia 5 de dezembro de 2023, com disparos de arma de fogo, no bairro Bosque da Sade, em frente ao escritrio dele. O assassino ficou de tocaia, aguardando que sasse de seu local de trabalho.
Conforme a denncia, “Antonio Gomes da Silva, utilizando-se de recurso que dificultou a defesa da vtima, auxiliado por Hedilerson Fialho Martins Barbosa, agindo ambos mediante paga e promessa de recompensa efetivada por Etevaldo Luiz Caadini de Vargas, efetuou disparos de arma de fogo contra a vtima”.
“Na noite do macabro assassinato, a vtima saiu do interior de seu escritrio de advocacia e, instantes aps entrar no seu veculo automotor, foi surpreendida por Antonio Gomes da Silva, que j a espreitava, oportunidade em que foi atingida por diversos disparos de arma de fogo, que causaram sua morte por choque hipovolmico decorrente de ferimentos perfuro-contundentes”, prossegue o documento.
No ms anterior, conforme a denncia, Antonio procurou Zampieri sob o falso pretexto de contratar seus servios profissionais. Ele chegou a marcar uma visita a uma propriedade rural com o advogado, com a inteno de mat-lo com uso de uma marreta. Na data marcada, o advogado mandou um amigo em seu lugar, frustrando o plano.
Um quarto elemento foi indiciado pela Polcia Civil: o fazendeiro Anbal Manoel Laurindo. Ele teria contratado o crime com Caadini. O crime teria sido motivado por uma disputa de terras na cidade de Paranatinga. Anbal acreditava que por ter proximidade com um desembargador do Tribunal de Justia, Zampieri teria facilidade para vencer o processo. Por essa razo, ele encomendou o crime.
No ltimo dia 22 de julho, foi realizada a audincia de instruo do caso Zampieri. Diante do juiz, Antonio Gomes da Silva confessou o crime e disse que nem Caadini, Hedilerson ou Anbal tiveram envolvimento com o assassinato. Ele prometeu entregar a pessoa que o contratou no Tribunal do Jri.