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Cacique Xavante investigado andava de SW4 e explorava terra ilegal h 5 anos 55m55

Durante investigaes, os agentes descobriram que o cacique chegaria a receber R$ 1,5 milho ao ms 57652

18/03/2022 | 07:17

Gazeta Digital

Cacique Xavante investigado andava de SW4 e explorava terra ilegal h

Foto: Divulgao

Um dos principais lderes indgenas de Mato Grosso, o cacique Damio Paridzan, rosto da luta pela retomada da Terra Indgena Mariwatsde entre 2012 e 2014, no Nordeste do Estado, suspeito de participar da explorao ilegal da terra desde 2017. A ‘profissionalizao’ do crime comeou em 2020, com a nomeao do fuzileiro naval da reserva Jussielson Gonalves Silva como coordenador da Fundao Nacional do ndio (Funai) em Ribeiro Cascalheira).

Em entrevista coletiva, o delegado da Polcia Federal, Mrio Srgio Ribeiro de Oliveira, explicou que h notcias de que a explorao ilegal – alvo da operao Res Capta, deflagrada na manh desta quinta-feira (17) – ocorra desde 2017/18. Mas, depois da chegada de Jussielson na regio, o crime foi oficializado como fonte de renda.

“Nos primeiros anos, essa liderana indgena tinha uma renda de R$ 270 mil. Hoje, ele est em aproximadamente R$ 900 mil ao ms e anda em um veculo de R$ 382 mil. A gente sabe que essa no a realidade dos ndios. Depois que comeamos investigar, descobrimos ainda que esse valor que ele recebia iria chegar a R$ 1,5 milho ao ms”, lembrou o delegado.

Durante a operao, a PF cumpriu o mandado de apreenso do veculo em que o cacique desfilava pela regio, uma Toyota SW4 2021, que foi ‘presente’ de um dos arrendatrios. Damio foi encaminhado para a delegacia, onde prestou depoimento, mas, segundo delegado, se mostrou ‘irritado’ com o fato de o veculo ter sido apreendido, j que objeto de crime. No carro foi encontrada ainda uma quantidade no especificada de dinheiro.

“O teor do depoimento segue em segredo. Esse dinheiro apreendido resultado do pagamento que os arrendatrios fazem todo dia 15. Ento ele sacava e andava com o valor por a. Pelo que foi levantado at agora, no havia controle na forma de usar o dinheiro, ele usava como queria. Mas, vamos investigar para saber qual era o destino do dinheiro”, explicou Mrio.

Luta pelo territrio
Luta do povo Xavante pelo territrio antiga, mas a retomada recente. A rea estava ocupada de forma irregular por mais de 20 anos, e em 2013 comeou o processo da retirada de posseiros do local e a rea foi devolvida oficialmente aos Xavantes.

O delegado Mrio lembra que o cacique Damio foi um dos principais rostos dessa luta. “Em 2013/14 ele estava na retirada das 2.400 pessoas que ocupavam aquelas terras. Eram pessoas pobres. Ele lutou pela retirada delas. Hoje, essa mesma liderana arrenda essa mesma terra para pessoas cometerem crimes ambientais”, destacou.

Com a explorao ilegal, cresceu o ndice de crimes ambientais no local. Para o delegado, isso acontece, tambm, pelo fato dos arrendatrios serem de outras cidades, sem nenhum compromisso com a terra e terem objetivo focado na extrao de riquezas.

“Sabe-se que muitas daquelas pessoas que foram retiradas das terras naqueles anos, so pessoas que ainda vivem em condies precrias e algumas no tm moradia at hoje”, finalizou.

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