O presidente da Associao Mato-grossense dos Municpios (AMM), Neurilan Fraga, pediu que as cidades de Mato Grosso cancelem festas pblicas de Carnaval diante da nova escalada no nmero de casos da Covid e tambm da proliferao da Influenza. Uma orientao foi emitida s 141 prefeituras do Estado.
A entidade v risco de colapso do sistema pblico de sade em razo da alta no nmero de internaes. A deciso final fica a cargo dos prefeitos.
“A Influenza est pegando pesado, os sintomas dela so parecidos com os sintomas da Covid e termina fazendo uma presso no sistema hospitalar pblico”, disse.
“A grande preocupao que temos voc no ter mais leitos de UTI disponveis e acontecer como no ado, que pessoas morreram por falta de atendimento mdico, porque no tinha leitos de UTI vagos”, acrescentou.
Nesta semana, a disponibilidade de leitos Covid no Estado chamou a ateno. Conforme boletins divulgados pela Secretaria de Estado de Sade (SES-MT), a taxa de ocupao saltou da casa dos 50% para 70% no intervalo de poucos dias.
A AMM j havia orientado as prefeituras a no realizar festas de fim de ano, o que foi ignorado por algumas, como Chapada dos Guimares (a 65 km de Cuaib), que viu o nmero de doentes aumentar aps o Rveillon.
Agora, uma nova orientao foi expedida e, segundo Neurilan, muitos gestores municipais j comunicaram que iro se abster de realizar festas pblicas de Carnaval.
“A recomendao nossa de que nenhum municpio de Mato Grosso faa Carnaval. Mas lgico, evidente, que a deciso do gestor”, pontuou.
Economia e investimento
O presidente salientou que, em sua opinio, a deciso dos prefeitos tambm deve levar em conta a parte econmica dos municpios. Isso porque o dinheiro no gasto com a realizao de festas em um momento como esse pode ser usado para investimento em outra reas mais necessrias.
“Festa bom, mas algo ageiro, o povo aproveita por dois ou trs dias e depois no tem mais, acabou. Enquanto que, se voc pega esse dinheiro e faz uma quadra de asfaltamento, aquilo ali permanente”, disse.
“Hoje a populao quer resultado na sade, na educao, na pavimentao urbana das ruas da cidade, na limpeza, na iluminao pblica, nas estradas”, afirmou.
Para Neurilan, os prefeitos deveriam deixar eventos de Carnaval nas mos da iniciativa privada.
“Tem situaes que o municpio precisa ter um caminho para coletar o lixo e no tem. E de repente o gestor faz uma festa que custa mais do que gastaria para comprar aquele caminho, porque a populao pediu festa, porque brasileiro gosta de festa. A gente tem que ponderar, principalmente nesse momento”, completou.
