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Degenerativa e autoimune, esclerose mltipla afeta sobretudo mulheres 4n2g1b

Associao diz que 40 mil brasileiros sofrem com a doena 3e4a4q

31/05/2024 | 06:51

Agncia Brasil

Degenerativa e autoimune, esclerose m

Foto: Reproduo

Uma doena autoimune, crnica e neurodegenerativa, que afeta o sistema nervoso central e tem uma diversidade de sintomas que podem indicar imediatamente sua gravidade ou se assemelhar a traos comuns e cotidianos, levando o paciente a no buscar assistncia durante meses e anos. Esta a esclerose mltipla, que afeta pelo menos 40 mil brasileiros, segundo a Associao Brasileira de Esclerose Mltipla (Abem).

A esclerose mltipla atinge principalmente mulheres jovens, na faixa de 20 a 40 anos. Para alertar e conscientizar a populao sobre a doena, sintomas e terapias, a data de 30 de maio foi instituda como Dia Nacional de Conscientizao sobre a Esclerose Mltipla.

Os sintomas mais comuns so fadiga (cansao intenso e momentaneamente incapacitante, muito comum quando o paciente se expe ao calor ou faz esforo fsico intenso); alteraes fonoaudiolgicas (palavras arrastadas, voz trmula, disartrias, pronncia hesitante das palavras ou slabas, e dificuldade para engolir alimentos lquidos, pastosos ou slidos); transtornos visuais (viso embaada e dupla); problemas de equilbrio e coordenao (perda de equilbrio, tremores, instabilidade ao caminhar, vertigens e nuseas, falta de coordenao e debilidade nas pernas e ao caminhar), alm de fraqueza geral.

H ainda a espasticidade, que a rigidez dos membros, principalmente os inferiores, ao movimentar-se, e a parestesia, que compromete a sensao ttil normal e pode surgir como sensao de queimao ou formigamento em partes do corpo. Tambm podem surgir sensaes no definidas como dores musculares, diz a associao. O paciente pode ainda ter sintomas cognitivos em qualquer momento da doena, independentemente da presena de sintomas fsicos ou motores e transtornos emocionais, como depresso, ansiedade, de humor, de irritao e transtorno bipolar.

De acordo com a neurologista Carolina Alvarez, na esclerose mltipla, o prprio organismo comea a produzir anticorpos contra a bainha de mielina, uma estrutura que atua como isolante eltrico e contribui para o aumento da velocidade de propagao do impulso nervoso ao longo dos axnios, os prolongamentos dos neurnios responsveis pela conduo dos impulsos e transmisso de informaes do neurnio para outras clulas. “Ento, a doena degenera a bainha de mielina e afeta partes do corpo, dependendo da regio que est sendo atacada dentro do sistema nervoso central, podendo ser crebro, cerebelo, tronco ou medula. Em cada uma dessas regies, a doena vai causar sintomas e sinais especficos”, explicou a mdica.

Para diagnosticar a doena, preciso analisar critrios bem estabelecidos, com base na coleta de dados e na histria do paciente e em sinais e sintomas da pessoa, durante toda a vida, do momento em que teve o primeiro dficit neurolgico ou surto. Com a ressonncia magntica, possvel ver as leses na bainha de mielina, j que essas tm caractersticas prprias. Em muitos casos, preciso fazer a puno lombar para coletar e analisar o lquido que recobre o crebro.

“Muitas vezes, o diagnstico no sai na primeira consulta, nem na segunda. preciso acompanhar o paciente at firmar esse diagnstico. Vale ressaltar que o diagnstico de esclerose mltipla por excluso. Primeiro so investigadas vrias doenas de ordem infecciosa, dermatolgica e s depois parte-se para esses critrios bem definidos”, explicou a neurologista.

Apesar de diverso estudos, ainda no h uma concluso definida sobre as causas da esclerose mltipla. De acordo com Carolina Alvarez, atualmente j se sabe que alguns fatores ambientais como infeco por vrus Epstein-Barr, baixa de vitamina D, tabagismo e alguns genes especficos podem facilitar a propenso doena, mas no h nenhum fator bem definido.

Tratamento e qualidade de vida

Neurocientista com PhD pela Universidade de So Paulo (USP), pesquisadora do Hospital das Clnicas e membro do grupo de distrbios de movimentos da Faculdade de Medicina da USP, Carolina informou que, para a neuroreabilitao do paciente, so indicadas a estimulao eltrica transcraniana e a estimulao transcraniana por corrente contnua, que so mtodos de neuromodulao no invasiva.

“Esses mtodos podem, com associao de fisioterapia neurofuncional, potencializar as respostas motoras, cognitivas e fonoaudiolgicas dos pacientes, aumentando os efeitos da reabilitao de um modo geral, minimizando sequelas e melhorando a qualidade de vida dos pacientes com esclerose mltipla”, disse a mdica.

Carolina destacou que a qualidade de vida do paciente com esclerose mltipla muito afetada. Por isso, necessrio que o indivduo e por reabilitao e por um mdico e uma equipe especializados em doenas desmielinizantes. “Isso pode ajudar na qualidade de vida, manter a vida ativa. Por ser uma doena que afeta os movimentos, o paciente precisa manter atividades fsicas regulares. A qualidade de vida do paciente com esclerose mltipla pode ser boa. Basta ele seguir risca as orientaes da equipe mdica”, finalizou a neurologista.

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