Brasil j tem, h muitas dcadas, estratgias claras rumo a uma economia verde, de baixo carbono, e tem condies de se tonar exemplo para o mundo, com experincias slidas e consistentes.
A declarao do presidente da Federao das Indstrias de Mato Grosso (Fiemt), Gustavo de Oliveira, foi feita em evento realizado pela Confederao Nacional das Indstrias (CNI), em So Paulo, nesta quarta-feira (17), sobre estratgias da indstria para uma economia de baixo carbono.
Conforme o presidente da Fiemt, alm de ser uma agenda ambiental, a reduo da emisso de carbono uma agenda de tecnologia e inovao. Por isso as empresas brasileiras precisam de uma poltica de financiamento e estratgias longo prazo para que possam desenvolver novas tecnologias.
“A indstria brasileira tem uma estratgia clara para uma economia de baixo carbono, baseada em pilares, que incluem o investimento em novas tecnologias para termos uma produo industrial cada vez mais verde e sustentvel, mas tambm os avanos em infraestrutura, na transio energtica, na produo de biodiesel, e diversas outras iniciativas para que a base da nossa economia seja realmente sustentvel”.
O Brasil visto como um lugar que pode ser lder mundial em produo de energias renovveis. Conforme dados divulgados pela CNI, 45% da matriz energtica brasileira proveniente das fontes renovveis. Isso significa que a contribuio do Brasil em fontes limpas trs vezes a mdia global. Alm da energia hdrica, crescem os investimentos em energia solar, elica, biomassa e novas fontes como hidrognio verde.
“Temos uma agenda voltada inovao e ao desenvolvimento de tecnologia brasileira para ser exportada para o mundo inteiro em setores como energia eltrica, produo de clula de combustvel de etanol, entre outras inovaes que podem ajudar muito esse mundo que quer cada vez mais se descarbonizar, mas precisa de novas solues. A economia verde vai trazer oportunidades para um pas como o Brasil, que tem na sua diversidade ambiental e nas possibilidades de inovao um grande trunfo nesse novo momento da economia mundial”, disse Gustavo de Oliveira.
O potencial de Mato Grosso
Ao longo dos anos, o pas registrou uma expanso do setor sucroalcooleiro e outras fontes renovveis. Em 2000, os produtos de cana-de-acar ou outras fontes renovveis representavam 13% do consumo. Em 2021, saltou para 25%. O Brasil hoje o segundo maior produtor de etanol do mundo, atrs apenas dos Estado Unidos. E Mato Grosso o terceiro maior produtor nacional, mas com grande volume de novos investimentos industriais na rea, o que nos levar a outro patamar no ranking em breve.
Neste contexto de incentivos, Gustavo de Oliveira destacou o Renovabio, um dos mais avanados programas de biocombustveis do mundo. Segundo ele, a iniciativa, quando combinada com novas tecnologias – como a de carros hbridos –, pode ser uma grande soluo de mobilidade sem poluio para muitas regies do mundo onde no possvel gerar energia eltrica para abastecer carros de forma limpa e sustentvel.
“Mato Grosso no tem campos de petrleo e gs, mas tem, a seu favor, a produo agropecuria, que pode se transformar em biocombustveis, em rao sustentvel, em protena e alimento para o mundo de maneira sustentvel, de maneira consciente, incluindo as populaes”, avaliou o presidente da Federao.
